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Transtornos mentais em adolescentes

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    Identidade em Foco
  • há 6 dias
  • 5 min de leitura

1.Conceitos de transtornos mentais 


  O que são transtornos mentais segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS):

 Segundo a OMS, um transtorno mental (ou condição de saúde mental) é caracterizado por “uma perturbação clinicamente significativa nas funções cognitivas, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo”. Essas perturbações geralmente estão associadas a sofrimento ou prejuízo em áreas importantes do funcionamento.A OMS também define saúde mental como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as suas próprias capacidades, pode enfrentar as normais tensões da vida, trabalhar de forma produtiva e contribuir para a sua comunidade”.


Alguns tipos de transtornos mentais mais comuns:


• Depressão: Causa tristeza profunda, falta de energia, desânimo e perda de interesse por atividades que antes davam prazer. Em casos mais graves, pode causar pensamentos negativos e até ideias suicidas.


• Ansiedade: É um sentimento constante de preocupação ou medo, mesmo sem motivo aparente. Pode causar sintomas físicos como falta de ar, tremores, suor excessivo e coração acelerado.


• Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH):

Afeta a capacidade de concentração e o controle da impulsividade. A pessoa pode ter dificuldade para se manter focada, ser muito agitada ou agir sem pensar.


• Transtornos de Personalidade: São padrões de comportamento e pensamento rígidos e difíceis de mudar, que causam sofrimento e prejuízo nas relações sociais.


OBS:Esses são apenas alguns exemplos que mais vemos no cotidiano mas existem outros como; Transtorno de ansiedade generalizada (TAG), Transtorno de Pânico, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtorno alimentares (como Anorexia e Bulimia), Transtorno de Bipolaridade etc..


Diferença entre tristeza passageira e transtorno mental diagnosticável:


•Tristeza passageira: é uma resposta emocional natural a situações de vida (perda, frustração, mudança), é transitória, e a pessoa em geral consegue continuar com suas atividades cotidianas. 

 

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•   Transtorno mental: vai além da emoção transitória — os sintomas persistem, causam impacto no funcionamento (escola, amizade, família, lazer), e geralmente requerem avaliação e tratamento profissional.  


 Alguns pontos de diferenciação: duração maior, intensidade maior, interferência nas atividades diárias.  

  


2. Causas e fatores de risco 


Alterações hormonais e celebrais típicas da adolescência:

 Na adolescência ocorrem intensas transformações biológicas como: alterações hormonais, desenvolvimento celebral (como da região pré-frontal), que podem aumentar a vulnerabilidade a transtornos mentais.


Fatores genéticos e biológicos:

 Na genética Genética ocorre alterações neuroquímicas e vulnerabilidades biológicas aumentam o risco de desenvolver transtornos mentais. A OMS menciona que fatores individuais incluem genética, uso de substâncias, entre outros.


Influência de traumas:

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 Influência como o bullying, cobranças escolares e familiares (em relação escolar),traumas emocionais, ambientes escolares, pressões familiares (no cotidiano) são fatores de risco claros no desenvolvimento de transtornos mentais em adolescentes.


Impacto das redes sociais, falta de sono e estilo de vida sedentário:

  Embora os estudos ainda evoluam, há indicações de que o uso excessivo de telas/redes sociais gera o sono insuficiente e sedentarismo que  estão associados a pior saúde mental entre jovens.



3. Consequências e impactos


Efeitos na vida escolar e nas relações sociais:

 Transtornos mentais podem prejudicar o desempenho escolar, concentração, memória, além de afetar as relações com colegas e professores.


Problemas de autoestima e isolamento social:

 Jovens com transtornos mentais podem desenvolver baixa autoestima, sentimento de inadequação, evitar ambientes sociais, levando ao isolamento.


Riscos de automedicação e dependência de medicamentos:

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  Sem acompanhamento adequado, há o risco de automedicação (uso excessivo ou inadequado de remédios), dependência ou agravamento dos sintomas.


Casos mais graves: autolesão e pensamentos suicidas.

 Em quadros mais severos, jovens podem apresentar autolesão, ideação suicida ou tentativas de suicídio. O que exige atenção urgente.


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4. Diagnóstico e tratamento 


Importância do acompanhamento médico e psicológico:

 É fundamental que o jovem com suspeita de transtorno mental seja avaliado por profissionais competentes como psicólogos, psiquiatras, neurologistas conforme o caso   para diagnóstico correto e início do tratamento.


Atuação da neurologia, psiquiatria e psicologia:


•Psiquiatria: diagnóstico de transtornos mentais, indicação de medicação se necessário.


• Psicologia: terapias, intervenção comportamental, apoio emocional.


• Neurologia: (em alguns casos): avaliação de comorbidades neurológicas ou alterações cerebrais.


Tratamentos mais utilizados:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC):

É uma das abordagens mais eficazes da psicologia. A TCC ajuda a pessoa a identificar e modificar pensamentos e comportamentos negativos que influenciam suas emoções. O objetivo é desenvolver maneiras mais saudáveis de lidar com situações do dia a dia.


•Medicação:

 Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário para controlar sintomas como ansiedade, depressão ou alterações de humor. Os remédios devem sempre ser prescritos e acompanhados por um psiquiatra, que ajusta o tratamento conforme a resposta do paciente.


• Apoio Familiar e Escolar:

O suporte da família e da escola é essencial no processo de recuperação. A compreensão, o diálogo e o acolhimento ajudam a pessoa a se sentir mais segura e confiante. No ambiente escolar, professores e colegas podem colaborar oferecendo empatia e respeitando o ritmo de cada um.



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5. O papel da escola e da família


Identificação de sinais de alerta:

   família e escola devem estar atentos à mudança de comportamento, rendimento escolar, humor constante, isolamento ou queixas frequentes, pois esses aspectos podem indicar necessidade de ajuda.


Estratégias de acolhimento e escuta ativa: 

  criar ambientes em que jovens se sinta seguro para falar, sem julgamentos.pais e professores devem praticar a escuta ativa, perguntar, apoiar e encaminhar.


Promoção de ambiente saudáveis e sem julgamentos:

   Na escola: formentar clima de respeito e sem julgamentos.

   Na família: dialogar, apoiar, valorizar o jovem, não minimizar os sentimentos.


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6. A importância do autocuidado e da conscientização: 


 Como práticas simples ajudam na prevenção:

• Ter sono adequado (ex: 8 horas ou mais para adolescentes)


• Alimentação saudável


• Prática regular de exercício físico


• Momentos de lazer, tempo longe das telas.

Essas práticas ajudam a fortalecer a saúde mental.


Quebrar o preconceito e normalizar o diálogo sobre saúde mental:

  Falar abertamente sobre o tema reduz estigma, ajuda jovens a perceber que não estão sozinhos e que buscar ajuda é algo normal.


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A importância da empatia e do apoio entre os jovens:

 Amigos, colegas, irmãos ou primos  podem ser rede de apoio, ser empático, ouvir, encorajar ajuda profissional se necessário. Ser escutado por outros jovens ajuda a se abrir mais e necessário para começar o processo de tratamento 


7. Dados e estatísticas atuais


• No Brasil, um estudo escolar com 71.553 adolescentes de 12-17 anos encontrou prevalência de transtornos mentais comuns em 17,1% da amostra.  


• Outra investigação com 74.589 adolescentes brasileiros revelou prevalência em torno de 30% de transtornos mentais entre estudantes.

 

• A OMS afirma que quase 1 em cada 7 pessoas (cerca de 14%) no mundo vive com um transtorno mental.


• Na região das Américas, os “anos vividos com incapacidade” (DALYs) devido a transtornos mentais combinaram mais de 20 milhões em 2019.


Esses dados mostram a magnitude do problema e a importância de atenção para saúde mental na adolescência.




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