Desvalorização dos esportes nas escolas
- Identidade em Foco

- 28 de nov.
- 4 min de leitura
Como a falta de incentivo às práticas esportivas nas escolas impacta a saúde física, emocional e o desempenho dos estudantes.
Por Gustavo H., Helena E., Giovanna R., Matheus G. e Vitória M.
- Equipe jornalística do Identidade em foco
Embora o esporte seja um dos meios mais eficazes para aprimorar a saúde e o rendimento dos estudantes, diversas escolas ainda deixam de lado a prática constante de atividades físicas. Essa ausência de estímulo, de estrutura adequada e até de tempo no currículo escolar tem provocado efeitos diretos no bem-estar dos alunos, impactando desde a atenção nas aulas até a sua saúde mental. Profissionais da área indicam que a inclusão do esporte no contexto escolar vai além do simples entretenimento: ele age e influência diretamente na aprendizagem, no comportamento e até no futuro escolar dos jovens.
Na sequência, cinco aspectos demonstram como a desvalorização dos esportes pode comprometer o desenvolvimento físico, emocional e cognitivo dos estudantes.
- A Educação Física é uma parte muito importante da vida escolar, porque ajuda os alunos a crescerem de forma mais completa. Nas aulas, não se trata apenas de praticar esportes, mas de aprender a cuidar do corpo e da mente. É um momento em que os estudantes se movimentam, se divertem e também aprendem a respeitar uns aos outros. Além de melhorar a saúde e evitar o sedentarismo, a Educação Física ajuda na concentração, na disciplina e até no rendimento nas outras matérias. Durante os jogos e atividades, surgem lições sobre trabalho em equipe, amizade e superação. Também é uma forma de aliviar o estresse do dia a dia e tornar a escola um espaço mais leve e acolhedor. Por isso, a Educação Física é essencial para formar pessoas mais saudáveis, confiantes e preparadas para viver bem em sociedade.
- A falta de incentivo à prática esportiva nas escolas traz consequências negativas para o desenvolvimento físico, psicológico e social dos estudantes. A ausência de atividades físicas favorece o sedentarismo, contribuindo para casos de obesidade e doenças do coração, além de prejudicar o desenvolvimento motor. No aspecto emocional, o esporte ajuda a controlar o estresse, a ansiedade e melhora a autoestima; sem ele, os alunos tendem à desmotivação e à irritabilidade. Além disso, o esporte ensina valores como disciplina, respeito e cooperação, promovendo o convívio social e o espírito de equipe. Quando a escola não valoriza essa prática compromete a formação integral dos alunos, afetando tanto a saúde quanto o aprendizado e a preparação para vida.
- Estudos mostram que fazer exercícios físicos regularmente traz benefícios não apenas só para o corpo, mas também influencia o equilíbrio psicológico, as funções mentais e o aproveitamento escolar entre os jovens. Ele mostra que se mexer faz bem para o bem-estar emocional, ajuda a pensar melhor e melhora o desempenho na escola. As pesquisas analisadas comprovam que quem pratica atividades físicas costuma ter menos ansiedade, estresse e tristeza, além de melhorar a autoestima e concentração. E também pesquisas explicam que o exercício estimula o cérebro a produzir uma substância chamada BDNF, que contribui na aprendizagem e na memória. Nesse contexto, o estudo defende que as escolas deveriam incentivar mais o esporte, pois ele favorece para a saúde mental e o desenvolvimento completo dos estudantes.
- Segundo um estudo do Ministério da Cidadania, baseado no Censo Escolar de 2020, 47% das escolas de ensino básico do Brasil não têm infraestrutura adequada para a prática de esportes. Somente 40,6% têm acesso a locais e materiais apropriados, enquanto 27% não contam com nenhuma das duas opções. A situação é ainda pior nas redes municipais, onde apenas 32% das escolas possuem quadra. A porcentagem é consideravelmente inferior à das redes estaduais (65%) e federais (80%). Além do mais, apenas 69,9% das aulas de Educação Física são ministradas por professores com formação específica na área. A pesquisa indica que a falta de infraestrutura e de profissionais qualificados impede o desenvolvimento físico e social dos estudantes.
Programas como o Segundo Tempo, criados para incentivar o esporte nas escolas, ainda têm um alcance limitado, o que demonstra a necessidade de mais investimentos públicos nessa área.
- A menor importância dada ao esporte nas escolas impacta não só a condição física dos estudantes, como também a saúde mental e o rendimento escolar. Iniciativas pedagógicas que valorizem o exercício, como aulas frequentes de educação física, programas esportivos e acordos com clubes, são cruciais para o desenvolvimento completo dos alunos. O movimento físico ativa o cérebro, otimiza a circulação sanguínea, libera componentes que elevam o humor e diminui sinais de ansiedade e depressão. Além de que, o esporte auxilia no aprimoramento da disciplina, trabalho em equipe, confiança e capacidade de superação, qualidades valiosas para o ambiente escolar e para o relacionamento social. Apoiar o esporte na escola é apoiar um futuro saudável para a juventude.
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Fontes e referências:
UOL – Coluna Olhar Olímpico. “Quase metade das escolas brasileiras não têm local para praticar esporte”. Publicado em 14 dez. 2021. Disponível em: https://www.uol.com.br/esporte/colunas/olhar-olimpico/2021/12/14/quase-metade-das-escolas-brasileiras-nao-tem-local-para-praticar-esporte.htm. Acesso em: 13 de novembro de 2025.
Esteves, I. J. B. “Impactos da atividade física no bem-estar psicológico e acadêmico de crianças e adolescentes”. ResearchGate. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/397363348_IMPACTOS_DA_ATIVIDADE_FISICA_NO_BEM-ESTAR_PSICOLOGICO_E_ACADEMICO_DE_CRIANCAS_E_ADOLESCENTES. Acesso em: 13 de novembro de 2025.
SportsJob. “A importância da educação física escolar na formação do indivíduo”. Disponível em: https://sportsjob.com.br/a-importancia-da-educacao-fisica-escolar-na-formacao-do-individuo/. Acesso em: 13 de novembro de 2025.
Agência de Notícias – IBGE. Disponível em: https://share.google/CpnDo7ScRZsKeiTfI. Acesso em: 13 de novembro de 2025.
Universidade UNG. Disponível em: https://share.google/7TeZ1nzRQHQvwGW5v. Acesso em: 13 de novembro de 2025.



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